No dia 7 de maio a grande amiga e companheira de luta, Zuleika de Souza Castro, nos deixou.
Natural do Rio de Janeiro, Zuleika começou sua carreira no Senado Federal em 1957, atuando na Biblioteca e em gabinetes de Senadores. Mudou-se para Brasília em 1963 com os filhos Fernando Cesar e Carlos Alberto e, já na Capital, trabalhou na Comissão de Inquérito que funcionava no 22º andar do Anexo I, durante muitos anos de sua vida funcional.
“Lembro-me que ainda no Rio de Janeiro (nos tempos do saudoso Palácio Monroe) o quadro de pessoal do SF era tão reduzido que todos os servidores se conheciam - do ascensorista ao Diretor Geral formando uma verdadeira família. Minha mãe sempre se referia a este período com muito carinho e saudade”, destacou o filho Fernando, que tinha seus seis anos de idade quando chegou à Capital.
Zuleika era formada em Farmácia pela então Universidade do Brasil (atual UFRJ) e, favorecida pela legislação vigente à época, tornou-se servidora do GDF como farmacêutica bioquímica.
No período em que fez parte da Diretoria da ASSISEFE gostava de participar dos preparativos das confraternizações e fazia questão de ligar para os antigos colegas da Casa convidando a todos para o momento de reencontro.
Uma pessoa ligada à família, que amava viajar, e embora reservada, não era tímida. Ela dizia com orgulho que seu pai (técnico de destaque na Companhia Telefônica Brasileira - CTB, pioneira da telefonia no Brasil) tinha uma postura incomum para aquela época: estimulava as filhas a estudar, trabalhar e serem independentes financeiramente, mesmo depois de casadas. Foi esse rumo que trilhou em seus anos de vida.
“O legado inspirador que ela nos deixou, foi e é: zelar pela ética pessoal e dedicar-se à profissão que viéssemos a escolher. Nunca nos esqueçamos de que o trabalho dignifica o homem e que a honra é algo que não tem preço”, declarou Fernando. E completou elogiando sua mãe que sempre foi provedora e carinhosa.